(27/08/2017) A viagem começou cedo quando recolhi o amigo Humberto pelas
03:00h da manhã e que decidiu acompanhar-me nesta Abertura. O destino era mais uma vez Segura.
Seguimos na A23 até Castelo Branco desde a Zibreira (nó de Torres Novas com a
A1), e depois na direção de Escalos de Baixo, Ladoeiro,…, até finalmente, Segura.
As mais de duas horas de viagem, são o suficiente para colocar a conversa em
dia, e como é lógico a caça e os cães como temas de eleição. Como sempre uma
expectativa enorme em mais uma caçada numa zona de caça que tem demonstrado ao
longo dos anos a possibilidade de proporcionar excelentes caçadas a estas espécies.
Na chegada à sede do Clube de Pesca e Caça Flôr do Erges encontramos de
imediato algumas caras conhecidas de outros anos, recordamos alguns momentos de
anos anteriores e discute-se a situação deste ano. Ao que parece a situação não
seria muito diferente da de outros anos: algumas rolas, muitos pombos! E é sempre
necessário alguma sorte na porta, pois são 4 ou 5 cevadores cada um com 10-12
portas e como é lógico nem todas são iguais…
Após o sorteio onde nos calhou o “cevador”
e a “porta” onde iriamos caçar, fazemos a deslocação até ao posto com um
postor “local” cuja porta, logicamente escolhida seria a melhor daquele cevador.
Até aí nada de novo, não fosse termos ficado muito longe dele, logo num dos
primeiros postos… com o amanhecer a prática veio a confirmar a teoria. Ficámos longe da passagem.
Embora
muitos tiros dados à distância nesse cevador e nos outros próximos, apenas nos
cruzaram 2 ou 3 peças: 2 tiros a um pombo alto, 1 tiro a uma rola de rabo, que
cruzou das costas de surpresa. Isto após horas a ouvir tiros… e nada. Só após
algumas desistências nas portas vizinhas consegui aproximar-me um pouco mais
das zonas mais “quentes” de passagem, e foi então que fiz 2 tiros e duas rolas.
Uff! Estava salvo o chibato. Não sendo por isso, nem pela quantidade -que não nos calhou-
foi uma manhã engraçada e uma boa recordação de Segura e da malta dali. No
final, confirmamos ter existido portas a chegar às 20 peças, outras poderiam
tê-lo feito… outras nem por isso, e outras com muito pouca caça ou nenhuma,…
mas isso faz parte. Será melhor numa próxima!
Conforme planeado almoçamos na Sede do Clube, com almoço que
levamos, após o que regressamos à Serra d`Aire. Nem todas as caçadas nos trazem muita caça e
momentos de exceção, mas são esses que nos fazem valorizar aqueles onde isso acontece.
Está feita mais uma Abertura a uma espécie que terá "os dias contados" enquanto espécie cinegética em Portugal, segundo defendem os mais informados, mas de uma beleza impar enquanto características de voo e tiros proporcionados!
Penso que é caso para dizer, será que para o ano há mais?
Acreditando que a progressiva escassez da Rola seja uma situação promovida pela também progressiva alteração de habitats, cada vez menos adequados à Rola, a nível da Europa, e sobretudo da Peninsula Ibérica, no que toca aos nossos terrenos, muito menos cerealiferos, e com "mosaícos" de coberto cada vez menos favoráveis comparativamente a outras regiões, mais favorecidas, como actualmente quase todo o Norte de África, fará sentido proibir a caça à Rola a nível nacional nesse contexto? Ou seja, ainda que não existam estudos científicos,
-a regressão não relacionável com pressão cinegética
-a pressao cinegética é baixa (e será cada vez mais baixa)
-os efectivos de Rola encontram-se essencialmente "deslocados" das zonas tradicionais de nidificação do passado e dispersos em novas áreas, resultando uma área de nidificação total substancialmente mais vasta (talvez nestas novas áreas o controlo da pressão cinegética fosse muito mais relevante!)
- ...
Bem, existirão sempre os "contra" e os a "favor".
-a regressão não relacionável com pressão cinegética
-a pressao cinegética é baixa (e será cada vez mais baixa)
-os efectivos de Rola encontram-se essencialmente "deslocados" das zonas tradicionais de nidificação do passado e dispersos em novas áreas, resultando uma área de nidificação total substancialmente mais vasta (talvez nestas novas áreas o controlo da pressão cinegética fosse muito mais relevante!)
- ...
Bem, existirão sempre os "contra" e os a "favor".
Pessoalmente, terei grande pena de perdermos estas caçadas e tudo o que as envolve, ...mesmo quando não temos sorte!
Ficarão as recordações.
Grande abraço,
Luís Simões
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