segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Coelhos em Pedrógão d´Aire

(25/09/2017)
Segunda caçada aos coelhos em Pedrógão, e continuação de tempo muito quente, mato muito áspero e... poucos coelhos. Ainda assim, sempre é "caçar em casa" e uma oportunidade confortável de treinar os podengos e fazer uma jornada tranquila.



Quanto ao Zé, à semelhança da Abertura, continua a dar-me "bigodes", e a mostrar como se aproveitam as oportunidades, mesmo quando são escassas. 


Segurou os únicos dois coelhos da manhã, sendo que ainda esperou que eu errasse o segundo, para o matar logo de seguida. Depois das habituais "piadas"... e das habituais "desculpas" entre caçadores nesta situação, lá acordamos que o melhor mesmo era tomarmos a direcção do carro, e seguirmos para o almoço. Os cães estavam já estafados, nós próximo disso e... não foi dificil concordar que já chegava bem. 






O almoço desta vez estava marcado para o "Outeiro da Cruz" em casa dos meus sogros: uma canjinha de galinha do campo, seguida de uma galinha de "fricassé", que nos fez repetir mais que uma vez, e acompanhada com um branco fresquinho da Adega Cooperativa de Dois Portos, Mariafonso (uma oferta dos meus amigos de Dois Portos, Joaquim Belchior e Carlos Ferreira!). 


Mais um dia de caça bem vivido.
A caça continua a ser uma paixão!


Grande abraço, e boas jornadas,


Luis Simões



Patos e codornizes na Ribeira da Raia em Mora

(23/09/2017)
Durante a semana recebo a chamada do Sr. Carlos Gameiro com quem já não caçava hà "algum" tempo.  A ideia era ir-mos à Herdade da Chaminé em Mora tratar de uns cevadores para a próxima lua e deixar algum milho para o guarda continuar a tratar dos mesmos. Juntando o útil ao agradável a ideia seria fazer uma experiência aos Patos num pego da Ribeira da Raia, que atravessa a Herdade e testar um terreno adjacente às codornizes.


E assim foi, patos não passaram muitos, para além do bando que levantámos à nossa chegada. Ainda assim, consegui um bonito "real" de passagem.


Quanto às codornizes não estavam lá. O terreno tratava-se de uma baixa adjacente à Ribeira e ladeada de pomares de pessegueiros (aparentemente querençuda), mas praticamente "rapada" pelo gado (possivelmente ovelhas) que exploraram o restolho quase à exaustão. Ainda assim, levantá-mos duas lebres que deixaram os cães como loucos, e sempre foi um treino para a "Latifa". Dado que seria uma jornada "curtinha" e sossegada decidi levar uma cadela menos "rodada", uma setter inglês de 2 anos mas que se mostrou muito equilibrada em termos de busca, evidenciando um excelente comportamento cinegético e muito boa ligação.


No final lá acabamos por "visitar" os cevadores, e a meio da manhã estávamos já de regresso em Ponte de Sôr, a degustar uma maravilhosa bifana no pão, que "caiu que nem ginja" como se costuma dizer.


Fica mais uma recordação, desta vez da Ribeira da Raia em Mora onde nunca tinha caçado.




Aproveitamos a viagem para meter a conversa em dia, e recordar algumas caçadas que fizémos no passado. E vamos ver se conseguimos uma data para uma caçadinha aos Pombos este Inverno lá na "Chaminé".


A caça é mesmo assim!


Grande abraço, e boas caçadas,


Luis Simões

domingo, 17 de setembro de 2017

Abertura da Época de caça aos Coelhos em Pedrógão d´Aire

Mais uma abertura aos coelhos em Pedrógão d`Aire!


O "sabor" não é o mesmo de antigamente, nem lá perto, mas hoje fizémos a abertura aos coelhos na ZCA de Pedrógão d`Aire.
 
Outrora uma zona de caça excelente de coelhos e perdizes, hoje, e desde hà uns anos para cá uma "sombra" cinegética do que foi no passado.


As razões são várias e incluem seguramente a introdução de doenças que afectaram (e afectam) os coelhos e perdizes através de "soltas" consecutivas destas espécies, pressão de caça excessiva, a alteração de habitats, Verões longos e muito quentes, a falta de água, de "verde", a proliferação dos javalis, etc., etc.,..., e a juntar a isso, talvez pouco trabalho em prol da Caça. Tudo somado resultou numa zona de caça vazia em poucos anos, um quase deserto cinegético, não fosse a invasão pelos Javalis presentes desde hà quase duas décadas, e a "Benção da Presença dos Tordos", mais sujeita aos caprichos do clima, do que a qualquer acto de gestão (ou falta dela). As opiniões são assim, e por muito que custe, cada um tem a sua.  


A jornada de hoje começava ao nascer do sol, e pouco antes passamos pelo café da terra que faz o atendimento dos que ainda se aventuram na caça ao coelho. Ainda que nem todos tenham passado por aquele ponto de encontro, não tinha dado conta nestes ultimos anos de que a caça ao coelho ali se resume já a pouco mais de "meia dúzia" de grupos... caminhamos também para a extinção dos caçadores de coelho e dos cães coelheiros, penso para mim. Seguramente num limiar de existência face ao que se via num primeiro dia por aqueles "pagos". Recordo as muitas "quadrilhas" que ali caçavam, algumas, famílias inteiras...


Sinais dos novos tempos que demorarão anos a recuperar (ou que muito provavelmente jamais alguma vez nos levem a "esses tempos").


Como sempre, na companhia do meu amigo José Pereira e também do meu filho (que nos acompanhou), lá nos deslocamos, até onde tinhamos decidido palmilhar algum terreno na busca de algum "coelhito". Sabiamos que a situação não seria fácil e por isso a expectativa era muito baixa, para não haver desilusões. Começamos a caçar à "Terra Nova", percorremos depois parte da "Chã de Moledo", e dos chamados cabeços das "De Abril",..., quilómetros sem os podengos fazerem um rasto ou assinalarem um "láparo".


Detectamos apenas a presença de um outro grupo em terrenos próximos, e teremos contado no limite uma dezena de tiros em toda a manhã,... 


Ainda assim, a esforço e com sorte, demos com meia dúzia de coelhos durante toda a manhã. Os podengos trabalharam muito bem apesar do calor e do estado do mato e silvas, em secura quase absoluta. E isso para mim é logo "alegria e meia". 


O Zé aproveitou a sua oportunidade (única), já em cima do meia dia. E eu, somando três tiros de chofre dentro de mato, a coelhos diferentes, mas a não me brindarem o cinto com qualquer "coelhote"... hà dias da Caça como se costuma dizer... 
Os cães "tocaram-nos" ainda dois coelhos que conseguiram seguir sem qualquer fogo.


Fica ainda assim o sentimento de uma manhã tranquila e agradável, mais um treino para os podengos, e para nós.


Caçar em Pedrógão, mesmo com pouca caça, é sempre de uma beleza única e paixão que não me passa!







Valeu depois o almoço, desta vez, no restaurante local "Entre Serras", e um par de horas à conversa com o Zé e o Luís sobre os muitos coelhos que ali caçamos no passado, sobre a manhã de hoje, sobre os lances e os podengos, e claro... sobre as próximas caçadas.


Está feita mais uma Abertura aos Coelhos em Pedrógão d`Aire.
E por tudo, um dia feliz! 


Grande abraço e boas jornadas,














segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Abertura 2016/2017: Abertura às rolas e pombos em Segura

(27/08/2017) A viagem começou cedo quando recolhi o amigo Humberto pelas 03:00h da manhã e que decidiu acompanhar-me nesta Abertura. O destino era mais uma vez Segura. Seguimos na A23 até Castelo Branco desde a Zibreira (nó de Torres Novas com a A1), e depois na direção de Escalos de Baixo, Ladoeiro,…, até finalmente, Segura. As mais de duas horas de viagem, são o suficiente para colocar a conversa em dia, e como é lógico a caça e os cães como temas de eleição. Como sempre uma expectativa enorme em mais uma caçada numa zona de caça que tem demonstrado ao longo dos anos a possibilidade de proporcionar excelentes caçadas a estas espécies. 

Na chegada à sede do Clube de Pesca e Caça Flôr do Erges encontramos de imediato algumas caras conhecidas de outros anos, recordamos alguns momentos de anos anteriores e discute-se a situação deste ano. Ao que parece a situação não seria muito diferente da de outros anos: algumas rolas, muitos pombos! E é sempre necessário alguma sorte na porta, pois são 4 ou 5 cevadores cada um com 10-12 portas e como é lógico nem todas são iguais… 

Após o sorteio onde nos calhou o “cevador” e a “porta” onde iriamos caçar, fazemos a deslocação até ao posto com um postor “local” cuja porta, logicamente escolhida seria a melhor daquele cevador. Até aí nada de novo, não fosse termos ficado muito longe dele, logo num dos primeiros postos… com o amanhecer a prática veio a confirmar a teoria. Ficámos longe da passagem.

Embora muitos tiros dados à distância nesse cevador e nos outros próximos, apenas nos cruzaram 2 ou 3 peças: 2 tiros a um pombo alto, 1 tiro a uma rola de rabo, que cruzou das costas de surpresa. Isto após horas a ouvir tiros… e nada. Só após algumas desistências nas portas vizinhas consegui aproximar-me um pouco mais das zonas mais “quentes” de passagem, e foi então que fiz 2 tiros e duas rolas. 

Uff! Estava salvo o chibato. Não sendo por isso, nem pela quantidade -que não nos calhou- foi uma manhã engraçada e uma boa recordação de Segura e da malta dali. No final, confirmamos ter existido portas a chegar às 20 peças, outras poderiam tê-lo feito… outras nem por isso, e outras com muito pouca caça ou nenhuma,… mas isso faz parte. Será melhor numa próxima!

Conforme planeado almoçamos na Sede do Clube, com almoço que levamos, após o que regressamos à Serra d`Aire. Nem todas as caçadas nos trazem muita caça e momentos de exceção, mas são esses que nos fazem valorizar aqueles onde isso acontece.


Está feita mais uma Abertura a uma espécie que terá "os dias contados" enquanto espécie cinegética em Portugal, segundo defendem os mais informados, mas de uma beleza impar enquanto características de voo e tiros proporcionados! 

Penso que é caso para dizer, será que para o ano há mais?



Acreditando que a progressiva escassez da Rola seja uma situação promovida pela também progressiva alteração de habitats, cada vez menos adequados à Rola, a nível da Europa, e sobretudo da Peninsula Ibérica, no que toca aos nossos terrenos, muito menos cerealiferos, e com "mosaícos" de coberto cada vez menos favoráveis comparativamente a outras regiões, mais favorecidas, como actualmente quase todo o Norte de África, fará sentido proibir a caça à Rola a nível nacional nesse contexto? Ou seja, ainda que não existam estudos científicos,


-a regressão não relacionável com pressão cinegética
-a pressao cinegética é baixa (e será cada vez mais baixa)
-os efectivos de Rola encontram-se essencialmente "deslocados" das zonas tradicionais de nidificação do passado e dispersos em novas áreas, resultando uma área de nidificação total substancialmente mais vasta (talvez nestas novas áreas o controlo da pressão cinegética fosse muito mais relevante!)
- ...
  


Bem, existirão sempre os "contra" e os a "favor".



Pessoalmente, terei grande pena de perdermos estas caçadas e tudo o que as envolve, ...mesmo quando não temos sorte! 


Ficarão as recordações.

Grande abraço,

Luís Simões