domingo, 29 de novembro de 2015

Codornizes: Adeus, e até quando?

Pelo actual calendário venatório termina oficialmente amanhã a Época Venatória da Codorniz. Verifique em: https://dre.pt/application/file/67250346 

De acordo com alguns comentários que tenho recebido tratou-se de uma época muito razoável, embora seja cada vez mais difícil encontrar zonas de caça que ofereçam caçadas a esta espécie com alguma razoabilidade de terrenos, abundância/densidade, garantia de se tratarem de codornizes verdadeiramente  bravas, e de preço).

Para além da Rola e algumas espécies de Patos, na linha da frente dos protestos das associações conservacionistas e anti-caça (casos da FAPAS, GEOTA, QUERCUS, SPEA e Birdlife), esta é igualmente uma das espécies que tem estado na mira destas organizações.  

A verdade é que sem a existência de estudos científicos, e um registo rigoroso de abates no nosso País, coisa que o Sector da Caça, e as OSC (Organizações do Sector da Caça) em particular não têm promovido e assegurado convenientemente, será mesmo uma questão a prazo. Neste cenário considero que a Codorniz será mesmo a "Senhora que se segue".

A par da Rola, julgo que resta saber mesmo, até quando poderemos Caçar esta "Pequena Africana".

(Codornizes até "ao cair do pano", Nov. 2015)

Alterações Climáticas na Peninsula Ibérica, e em particular em Portugal


Mais uma alerta. De acordo com artigo de 29 de Novembro de 2015 publicado no Diário de Notícias e sustentado no relatório "Alterações Climáticas, Impactos e Vulnerabilidades na Europa", publicado em 2012 pela Agência Europeia do Ambiente, como mostram todos os cenários climáticos traçados pelos cientistas, a Península Ibérica será uma das regiões europeias mais afetadas pelas mudanças climáticas.

Consulte o artigo completo em:
http://www.dn.pt/sociedade/interior/peninsula-iberica-e-das-regioes-europeias-mais-afetadas-pela-mudanca-climatica-4907110.html

Neste relatório, a Peninsula Ibérica concentra a maior lista de consequências negativas e Portugal surge como um dos países com maior vulnerabilidade às alterações climáticas.

(E reparem na imagem de satélite como estamos a ficar semelhantes ao Norte de Africa!) 

Desde Janeiro de 2015, no âmbito do projeto ClimaAdapt.Local, a cargo de Filipe Duarte Santos (Coordenador científico do projecto), 26 municípios de todo o país serão dotados de estratégias específicas de adaptação às alterações climáticas, e encontram-se num processo de formação de técnicos das respectivas Câmaras nesta área. 

Infelizmente, também na Gestão Cinegética e na Caça teremos de contar com os efeitos das alterações climáticas (e que já são mais do que evidentes, para quem mantém uma presença assídua no campo durante as últimas décadas).

Não estar despertos para esta realidade, não desenvolver esforços de adaptação e de escolha das melhores estratégias no sentido de benefeciar os habitats, e em consequência, as espécies e a biodiversidade é simplesmente assistir à degradação dos nossos campos, e daquilo que conhecemos até aqui, no que toca à Fauna, à Flora... e logicamente à Actividade Cinegética.

Para além do impacto severo nas espécies sedentárias, julgo que em termos de migratórias também muito ficará explicado, através das alterações climáticas, caso dos pombos, tordos, galinholas, rolas, codornizes e patos.     

sábado, 28 de novembro de 2015

Perdizes bravas e de “farinha” (soltas de véspera)

É certo que onde se procuram estas últimas não se encontram as primeiras e mesmo quando já “espalhadas”, a diferença é da noite para o dia. Ou seja, não à dúvida entre as que têm sangue bravio e conhecem bem o terreno, e as que não têm “metade” do instinto de sobrevivência, nem ponta de conhecimento do ambiente onde foram largadas.Ou seja, grande maioria das vezes, caçar às bravas implica ter de evitar as zonas onde são largadas/e devem ser procuradas as outras, e que invariavelmente se encontram próximas das estradas e caminhos. Sendo que estas mesmo depois de "espalhadas", após algum sossego, voltam ao local da solta.

Este conhecimento faz com que a maioria dos caçadores que dão caça às perdizes de "farinha", andem ali quase em circulos em torno desses locais.Pessoalmente, embora o possa fazer pontualmente com cachorros novos, no sentido de lhes dar algumas chances iniciais, e portanto com um objectivo de Treino, é coisa que não me agrada fazer com cães adultos em dias de caça ditos “normais”. Considero que é despediçar uma jornada onde é possivel Caçar.
 
Sem rodeios, caçar às perdizes de “farinha” (soltas de véspera), não é verdadeiramente Caçar.