domingo, 18 de novembro de 2018

Caça aos coelhos em Pedrógão d`Aire... sem coelhos!

(2018 11 18 - Caça aos coelhos em Pedrogão d`Aire)

Apesar de estarmos quase a terminar a época de caça aos coelhos, havía combinado caçar ainda com alguns amigos em Pedrógão d`Aire.

Manhã já muito avançada na época de caça, numa zona de pouquíssimos coelhos hoje em dia, ainda assim a razão era encontrarmo-mo-nos e desfrutar da manhã, dos cães, do almoço... e da Amizade!

E apesar das condições não serem as melhores tudo isso aconteceu.

Quanto aos coelhos, não conseguimos nenhum..., e apenas duas ladras durante a manhã mas não conseguimos colocar a tiro nenhum desses coelhos.

(...ficam para o ano!)
 
(A quadrilha desta manhã) 

 
(cruzado, pequeno, mas uma grande cão de caça!)

(Alguns dos meus podengos pequenos!) 

(O almoço entre amigos!) 

Grande abraço amigos,
Foi uma jornada de caça impecável, mesmo sem Caça, e um enorme prazer receber-vos!

A Caça é uma Paixão.



...a aproveitar a recta final da caça aos coelhos em Serpa!

(2018 11 17 - Caça aos coelhos em Serpa)

Mais uma excelente jornada aos coelhos na zona de Serpa.

Boa densidade de coelhos, bom trabalho dos podengos, a caçarem bem, bons amigos, boa disposição, bom tempo, boa comida,... 

Tudo muito bom! 



 

 



 

 
Podíamos ter ido ao cinema, ao futebol, ao shopping... mas não era a mesma coisa!
 
Esta jornada, na companhia do meu filho, teve um sabor especial e que nos ficará seguramente na memória.
 
Depois a presença de alguns amigos com quem passar um dia de caça é sempre um enorme prazer.
 

Divertimo-nos, desfrutamos dos cães, da Caça, dos amigos e da comida...
(nem vos digo como sinto estes dias,..., e em particular este! Uma grande satisfação.)

Seguramente, um dia para mais tarde recordar.
(e que vamos querer repetir logo que possível) 

Grande abraço amigos,

A caça é uma Paixão!
 

domingo, 11 de novembro de 2018

...e lá veio um "veadito" de Castanheira de Pêra para a Serra d`Aire!

2018 11 10 - Montaria Mista de veados e javalis em Castanheira de Pêra

A montear pela primeira vez em Castanheira de Pêra, gostei bastante da organização. Organização a cargo do Clube dos Caçadores de Castanheira de Pêra, muito expedita nas incrições, realização do sorteio, qualidade e quantidade de comida ao pequeno almoço, uma boa palestra encetada pelo Director de Montaria, boa colocação dos postos, com óbvia preocupação de segurança, excelente almoço, quantidade e qualidade das matilhas*, que embora não conhecesse deu para perceber o bom trabalho, e tudo o resto... 

*Sobre as Matilhas: Matilha Lopes (Freixianda), Matilha Rei do Gado (Nabais/Serra da Estrela), Matilha Almeida (Serra da Estrela), Matilha Formiga (Chãos/Ferreira do Zêzere) e penso que seria pelo mais uma, no entanto estas são as que me consigo recordar. Matilhas estas com cães não demasiado pesados, maioria médios, com alguns cães de rasto, ..., muita voz, e pareceram-me muito eficientes.

Talvez a minha única chamada de atenção seja mesmo na apresentação do quadro de caça. Merecia seguramente muito melhor!

Esta Montaria (mista) a veados e javalis permitia a caça de javalis sem limite, com as normais ressalvas ao não abate de listados ou porcas com listados, portanto sem cupo, e um veado por posto (macho ou fêmea). Foi feita um chamada de atenção bem vincada quanto à não possibilidade de abate de corços (que são por ali já relativamente abundantes), mas ainda não explorados cinegeticamente.

Relativamente ao "Tempo", caracterizou-se por uma manhã de forte mau tempo, com muita chuva e vento, e... sobretudo para os que caçam, sabem bem o que é caçar ou estar no campo nessas condições. Nada fácil. 

Dadas as condições, abdiquei (e julgo que bem!) da carabina que uso normalmente, uma CZ 30.06, a qual uso montada com um óculo (mais próprio para as esperas), com 2,5-10x56, e decidi mesmo usar a minha primeira espingarda de caça, uma Fabarm semi-automatica, Cal. 12, Modelo "Elegi", com cano cilíndrico e balas da marca "Federal". Ou seja, assegurando um encare e tiro fácil a curtas distâncias, e devido à chuva evitar os problemas na visão através do óculo.




Calhou-me em sorte o posto 9B, da armada 2. A "última" porta desta armada de fecho na direcção do povoado e não muito distante do local de solta das matilhas.

Bem..., condições de tempo muito adversas, um posto próximo do povoado, julgo que o mais próximo mesmo da solta dos cães... não eram elementos que transmitissem, pela lógica, grande confiança.

E por isso foi preciso mesmo manter muito optimismo!

Apesar disso, passados escassos minutos da chegada ao posto, houve uma rês que cruzou o caminho sobre o qual estava colocada a armada, mais ou menos entre o meu posto e o do "vizinho". A dado momento, fiquei com a sensação de um "relance" muito rápido de movimento, e de um abanão no mato já na entrada do lado de fora (exterior à mancha). Venho observar, e confirmo a existencia de uma vereda, e mexidos frescos no chão (que tudo indicava terem sido provocados pelas patas), e portanto tinha sido mesmo um animal a passar ali momentos antes.

Era por isso bom sinal por um lado, mas por outro tinha perdido uma oportunidade...

Já sobre as 11:30h surge um latido compassado e persistente, que confirmo vir descendo a encosta, e parecia vir na minha direcção... Era um latido típico de cão de rasto, solitário, não demasiado rápido, mas que não enganava... 

Ainda com esse pensamento, surgiu logo depois um movimento dentro do bosque cerrado, como se se tratasse apenas de uma "sombra", silencioso, em movimento breve e esquivo, elegante e apressado, como o vento daquela manhã...

E era mesmo um veado de bom porte, o “Senhor do Bosque”!!! 
...procurando enganar os cães que já sabia virem no seu encalce! E com certeza bem ciente do perigo instalado naquela manhã, pois aquela hora teria-se já “passado” várias vezes aos cães, detectado alguns postos anteriores ao meu, e ouvido seguramente alguns disparos. No entanto, vinha sem qualquer medo, nem hesitação, determinado, forte, e poderoso.
Em segundos, surge num salto, a cruzar o caminho.

Atiro o mais seguro possivel no seu voo sobre o caminho e deixo de o ver... para logo depois, com a adrenalina ao máximo... confirmar que tinha ficado "seco".
 
Desta vez “perdeu”, não conseguiu…

Ainda assim nasceu, cresceu e viveu livre. Durante os seus 6 ou 7 anos de vida escapou com certeza  a várias ameaças (muitas com toda a certeza!), deixou seguramente descendência, e deu luta, até ao fim… perdeu apenas neste dia. E por muito pouco não ficou ainda naquela Serra como Senhor daqueles Bosques (até um dia...). 
 
Da minha parte tentei merecê-lo ainda antes de o ver, com desejo, esforço, concentração, e intenção, e vou honrá-lo agora, aliás desde o momento que me colocou à prova, e até sempre, com todo o respeito, humildade e sentimentos, que representam para mim tão nobre, poderoso e emblemático animal selvagem.

Apoderei-me dele!
Embora muito filosófico para este texto, quero crer que teria ele também parte de mim, e que inatamente sinto… E penso por vezes que o desafio ou esse desejo de apropriação possa vir mesmo daí.

Momentos após o tiro surge uma "griffon" branca e simpática no seu encalce.
E que já não voltou a deixar-me. Foi ela que mo trouxe, e a ela agradeci.

O veado, era um veado de grande porte, com 11 pontas, bastante grosso, com rosetas "perladas" e optima coloração. Poderia ter uma maior abertura, mas possuia boa simetria, e tinha uma contra-lutadeira partida, sinal das lutas que terá travado em defesa do seu "hárem".  

Para mim... excelente e fiquei contentíssimo, como é lógico!
(um lance todo ele, magnífico e um trofeu muito bom)






A Montaria acaba sobre as 2h, deixando me fazer ainda mais umas fotos, inclusivé com a griffon. As condições meteorológicas melhoram ligeiramente.

Agradeço ao Marco, com quem viajei desde Caxarias até Castanheira de Pêra, e que foi meu colega de porta (estava na 8B!), e que teve a “pachorra” de me tirar as fotos no local, após o termo da Montaria. Obrigado Marco, grande companheiro.






Logo depois é feita a recolha dos postos e das reses, e segue-se o almoço,


Um grupo fantástico, á mesa, na Caça e em qualquer lado!

O Salgueiro, o Sr. António, o Carlos Alberto e o seu filho, Fábio, o Paulo, o Marco e o André, de quem partiu o convite para que eu participasse nesta Montaria. Obrigado André.




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Como curiosidade já na junta de reses, surge-me um desconhecido, que me pergunta se era eu que tinha caçado aquele veado, e desabafa: 

- Era "este" que me comia as árvores, e me andou a comer as maças! 
- Estou a conhecê-lo bem... 
- Tentei apanhá-lo várias vezes mas conseguiu sempre escapar. 
- Olhe, "adiantou-se" voçê...mas pelo menos não estraga mais nada!  

Dá uma ideia de que a presença dos veados não é assim tão concensual, dos estragos que provocam, e dos perigos, para além dos actos de caça legais, a que estão sujeitos.  
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Para concluir, o resultado total foram 13 Veados e 14 javalis. 

Nos javalis, confirmou-se 1 bom navalheiro, nos veados, 3 ou 4 bons veados.

Esta já está... e foi mais uma prova de que "quem anda à chuva molha-se"!

...e lá veio um "veadito" de Castanheira de Pêra para a Serra d`Aire.


No final, e como é hábito neste grupo, “tratamos” das reses, partimos e dividimos a carne por todos. Para além de mim, o André matou uma porca grande e um porquito mais pequeno.


Agora falta apenas tratar do Trofeu.

Grande abraço a todos,
A caça é uma Paixão!