domingo, 20 de dezembro de 2020

2020 12 20 - Abertura tordos em Vale da Serra

Hoje foi mais uma abertura aos tordos em Vale da Serra!

Longe vão os tempos em que ali começávamos a caçar por vezes no início de Novembro. As "visitas" aqueles pinhais e encostas de mato sucediam-se e sempre que boas "chilreadas" eram detectadas ali caçavamos domingo após domingo, e ás vezes até á quinta-feira. Recordava com o meu amigo José Pereira que nalguns anos de chuva, chegávamos a caçar ali aos tordos toda a época, e na maioria das vezes ninguém nos aparecia por lá. 

As "coisas" desde esses anos mudaram, e muito, ano após ano, foi tornando-se mais conhecido e hoje a concentração de armas é tão grande, e a procura pelos tordos é tal, que até no "curuto" dos Arrifes aparecem companheiros... Aquelas estradas intrincadas nos carrascos parecem um piso de rally depois de uma prova, tal é o trafego de pick-ups, e veículos de todo o tipo que ali passam de véspera e no próprio dia.

De facto, desses tempos resta apenas a nossa Paixão pelos tordos, e pela forma como o fazíamos. Sim, em nome dessa Paixão voltamos a procurá-los, longe dos sítios mais concorridos, e "escolhemos" os nossos postos a gosto. 

Hoje a manhã acordou enovoada, e cumprimos com o nascer do dia para começar a atirar. Até esse momento passaram-nos dúzias deles, antes do primeiro tiro. Aproveitamos de seguida, o melhor possível, mesmo sabendo que cobrar os tordos nas encostas do Arrife dá um pouco mais de trabalho aos cães, e a nós, mas isso faz parte de toda a emoção vivida sobre aqueles imponentes monumentos rochosos, que guardam parte também da nossa própria história. 

Amiúde dou conta de conhecer algumas daquelas pedras, e elas a mim, ...e mesmo emersos no nevoeiro sentimo-nos tão em casa como no próprio quintal, é como se ali pertencessemos e se aqueles lugares nos pertencessem também. 

E em boa verdade é isso mesmo.

Em termos de Caça esta manhã não foi diferente de outras por ali. Um enorme número de lances, de beleza involvidável, muito cobros resolvidos pelas nossas "princesas", muitos a grande distância, obrigando nos a acompanhar, ajudando-as também a orientar.

No final, trouxemos o nosso arquito "composto", os nossos colegas também. 

A boa disposição sempre alta como os terrenos em que havíamos caçado, e aliás como de costume, ou não estivessemos entre amigos e a fazer uma coisa de que gostamos e muito. 

Esperáva-nos o almoço, desta vez em caso do nosso amigo e grande companheiro Alberto Presume (Beto), e a quem agradeço o "tratamento", assim como á sua família. Estava tudo óptimo!

Aos meus companheiros mais próximos José Pereira (de sempre) e ao Humberto (meu vizinho, com quem tenho caçado nos últimos anos), duas "máquinas" de boa disposição e a caçar. É só tirar-lhes os olhos de cima e a "magia" acontece... 






Para o ano se Deus quiser há mais.

Grande abraço a todos, 


A Caça é uma Paixão!