terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Caça aos Tordos – Despedida época 2016/2017

Em termos de caça aos tordos no sopé da Serra d`Aire, a época foi relativamente irregular, o que já vem sendo uma tendência nos últimos anos.
 
Sendo certo que irregular ali, significa apenas ter de procurar cada vez melhor um local de maior crença onde os tordos estejam fixos por condições de alimentação mais propícias.
 
Não há dúvida que de ano para ano os tordos são em média, menos, ainda que caçados mais “afincadamente”. As razões para isso, são no meu entender, a escassez associada às outras espécies e um legião muito maior de caçadores que se lhes dedicam, mais bem equipados, com melhores armas, cartuchos, e dispostos a procurá-los, se necessário vários dias antes das caçadas, por forma a assegurarem uma jornada bem sucedida. De ano para ano, o trafego de pick-ups, moto-quatros, etc. nas vésperas de jornadas mostra-se maior, para não dizer impressionante, levando a algumas estradas de terra a parecer pistas de “rally”, de tão batidas que ficam. Para quem gosta de caçar em relativo sossego, conseguir “fugir” desses itinerários principais dá cada vez mais trabalho.
Este ano pouco choveu, e a área alagada, seja no Vale do Tejo, seja dos seus afluentes, pouca ou nenhuma, traduzindo-se por uma muito maior área disponível de alimentação, e seguramente até muito mais rica do que a Serra d`Aire consegue oferecer nestas condições. É de salientar que em anos desses (mais enxutos), e como foi o caso este ano, o tordo, nem sequer ocupa as zonas altas, da raia da Serra, essencialmente de mato (carrasqueira, azinho, medronho, zambujeiro, etc.), e pinhal, mas as zonas mais baixas, de vales fundos, de olival e figueiral, ainda que abandonados nalguns casos, por serem mais sombrios, e aguentarem mais humidade e o solo mais propício ao desenvolvimento do cardápio de bichitos de que se alimentam.
Ainda assim, a época permitiu várias jornadas com boa densidade de tordos, e excelentes recordações.

 (Um grupo de longa data, com alguns estreantes estes ano!) 
Para concluir, a despedida deste ano não poderia ter sido melhor!
Como é hàbito hà largos anos, recebi vários amigos, coisa que me deixa sempre enorme satisfação. Como costumo dizer “a Caça é bonita, mas a amizade é muito melhor”. Os tordos deram ainda para “brincar”, e proporcionar uma manhã agradável, o que contribui sempre, para uma ainda melhor disposição ao almoço.



(Uma boa recordação!)

Como não podia deixar de ser, tenho de agradecer à minha família, que sempre teve gosto em receber os meus amigos e proporcionar estes dias.

Colocada a conversa em dia, e feitas as promessas de novos “encontros”, no global fica o sentimento de mais uma boa recordação!
Obrigado amigos, até um dia destes,
foi um prazer tê-los em Pedrógão.
Grande abraço,
Luis Simões

domingo, 12 de fevereiro de 2017

Tordos - Manhã de sonho!

A tendência das últimas semanas não antecipava boas perspectivas para a próxima caçada, sendo que os tordos não têm permanecido em Pedrogão, de forma regular, pelo menos de forma abundante. Como é lógico, isso por vezes muda de um dia para o outro, e as previsões de chuva intensa para o fim de semana podiam muito bem fazê-lo, ainda que mau para caçar, poderia ser bom a trazer os tordos para o abrigo da Serra. 

Ao mesmo tempo, este fim de semana havia convidado dois amigos que nunca tinham vindo caçar a Pedrógão, o Luís Carvalho e o seu Pai (o Sr. Zé). A ideia de uma manhã muito chuvosa e ainda por cima sem tordos estava a deixar-me preocupado.

À conta disso, no sábado, percorri boa parte da zona de caça e não tendo encontrado "fartura", havia identificado um vale com "alguns" tordos, junto a Adofreire. Do melhor que havia visto nos últimos tempos e esse seria o nosso local de caça na manhã seguinte.

Apesar do dia ter "acordado" chuvoso, conforme as previsões, lá nos fizémos ao terreno (de galochas e impermeáveis...) e os tordos começaram a cumprir desde o crepúsculo. Obrigando mesmo a momentos de abrigo em que os tordos também deixavam de passar, o cinzento escuro lá ia aliveando em cima de nós, até que o vento forte lá levantou as nuvens baixas e deu lugar a uma manhã magnífica de tordos. Muitos altos e bem embalados, tocados a vento, mas uma grande manhã de tordos... uma maravilha para quem gosta de atirar aos tordos.

(Foto de grupo antes de abandonar o local onde caçamos) 

Mesmo não estando rotinados na Caça ao Tordo, os "visitantes" gostaram, e ainda se divertiram bem, compondo o porta-caça e "desbastando" os cartuchos.
 
Uma boa manhã de Tordos junto à Serra d`Aire, numa paisagem de características únicas e onde é ainda possível "Caçar", é sempre uma "experiência" para qualquer caçador. A mim dá-me um prazer enorme que tenham de facto aproveitado e apreciado. 
 
Depois de uma manhã como esta, também não poderia deixar passar, sem deixar alguns comentários ao meu grande amigo José Pereira. Não nos conhecemos de "hoje", mas esta manhã tive o prazer de voltar a apreciar por largos momentos, e em muitos lances porque é um "tordeiro" como muito poucos. Tordos lá nas alturas, tocados a vento forte, e ele ali a "descê-los", uns, atrás d`outros. Ás vezes quase não dando tempo, dos primeiros chegarem a terra, e já forçava outro a "descer".
 
Se a Serra d`Aire tem conhecido alguns grandes "Tordeiros", ali à meia encosta daquele vale, e naquelas condições de vento e chuva, mostrou mais uma vez, porque é um desses grandes "Tordeiros", pela grande paixão pelos tordos, mas sobretudo porque atirar assim está ao alcance de muito poucos.
  
- Amigo, houve ali bocados do "outro mundo", não vou esquecer tão cedo muitos dos lances que vi hoje. Mais uma data para arquivo!
 
Pedrógão d`Aire continua a ser a "Terra dos Tordos", mas fica cada vez mais evidente que é preciso preparar (e bem) cada jornada.
 
Para o almoço estávamos convidados por outro grupo de amigos e esse convívio acrescentou também à jornada.
 
(Ao almoço na barraca do Valmieiro, a caminho de Pafarrão, com André, Luís, Salgueiro, Armando, Frederico, Arménio)
 
Antes do regresso a casa, e para mais tarde recordar de uma manhã de tordos em Pedrógão d`Aire, pedi ainda ao Luís e ao Sr. Zé para tirarem mais uma foto.
 
 
Caçar em Pedrógão continua a ser uma paixão!
 
Grande abraço, amigos. Foi um prazer tê-los cá.





quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Perdigueiro Português: Lili vs Gino do Solar do Jamor

Ninhada Lili vs Gino do Solar do Jamor (Khadafi)

Esta era uma ninhada muito aguardada e desta vez apesar de ter sido necessária a realização de cesariana correu tudo bem. No dia 30/01/2017 a Lili teve 12 cachorros vivos (todos!), dos quais até ao momento 9 estão a aguentar-se.

A Lili e a sua ninhada 
  
Agora um pouquinho de sorte e saúde.

Magníficos!