Esta "Abertura" envolvia por isso alguma expectativa, emocional e também cinegeticamente falando. Voltamos a observar os patos previamente, e a discutir as localizações, colocações, cartuchos (que ali têm de ser de aço!), etc., etc.
(Observação dos Patos ao cair da noite com a Ponte da Figueira da Foz ao longe,
e as luzes da cidade já iluminada)
A ideia seria de caçarmos "na água", evitando as linhas de fogo que normalmente ocupam as pequenas estradas e as motas que dividem os talhões, dando-nos algum sossego no momento da colocação (na ocupação dos postos), patos "divididos", e quaisquer outras confusões, conseguindo atirar e cobrar com relativa privacidade.
Pois, assim foi. Começamos a manhã com uma longa caminhada já dentro de água, no "escuro" (sem qualquer luz!), por forma a desestabilizar ao mínimo a zona, até atingirmos a linha de juncos que havíamos decido ocupar. De facto só confiando muito em alguém que conheça muito bem estes "caminhos"; O Daniel à frente, com o fiel e obediente "Mascote", o meu filho Luís, que nos acompanhou, ao meio, e eu, em último. Seguem-se depois os momentos de preparação do equipamento por forma a ficarmos prontos para a acção que estaria prestes a desenrolar-se com a chegada (passagem) dos primeiros patos. Naquele ambiente único, aqueles momentos de sossêgo que antecedem a entrada dos primeiros patos, encerram simultaneamente uma paz, e uma beleza indescrítiveis (é certo que a forma de cada um o sentir influenciará muito esta escala). Naquele cenário, emociona-me pensar que tenho o privilégio e a felicidade de ali estar, e caçar - à séria-, na companhia de um grande amigo, e do meu filho, numa realidade e condições que poucos alguma vez conhecerão e muitos menos, tenderão a apreciar daquela forma.
(Minha colocação na água junto a uma pequena maracha de juncos)
Porém, os pensamentos são abruptamente descontinuados, assim que soam os silvos das asas dos primeiros patos, levando a um pulso imediato de adrenalina e da tentativa simultanea em avistá-los. Surgem os primeiros tiros a conta gotas e os primeiros patos que nos proporcionam atirar... daí até o nascer do dia "trazer" um verdadeiro corropio de patos no ar, em várias direcções e altitudes foi um ápice. Embora, muitos patos bastante altos... Estamos agora em alerta máximo e o objectivo é aproveitar os patos que nos passem em melhores condições, e teriam de ser "alguns" de acordo com o que havíamos visto previamente. Cerca das 09:30h e já numa fase de acalmia do movimentos dos patos, decidimos ir ao carro fazer uma pausa e comer a bucha.
(Caminhada dentro de água)
(Durante a bucha, no carro)
Uma excelente manhã de caça, onde ainda conseguimos "arrear" 10 patos.
(Mais uma excelente recordação proporcionada pelo Daniel)
E à saída da Zona de Caça ainda deu para apreciar as salinas,
(Salinas - Figueira da Foz)
-Daniel, por tudo, foi -mais - uma jornada de caça fabulosa.
O almoço, como sempre em tua casa nestes dias, de luxo.
Felizmente para nós, a caça continua a ser uma paixão.
Grande abraço,
Luís Simoes
Olá Luis, belo texto que escreves-te estás de parabéns.Obrigado pela consideração que tiveste pela minha pessoa.E agradeço pela tua companhia e do teu filho,foi uma bela madrugada e manhã que tivemos.Um abraço
ResponderEliminarViva Daniel, os agradecimentos são meus e sempre poucos, neste caso. Cumprimentos também à família, pela simpatia e forma generosa de receber (e que de resto já é habitual).
ResponderEliminarVou ter dificuldade em retribuir-te "na mesma moeda", mas fica marcado, em data a combinar, para este Inverno, aqui pela Serra d`Aire!
Um abraço,
Luís Simões