terça-feira, 6 de setembro de 2016

Codornizes em Montemoro-o-novo

(03/09/2016, Sábado) Esta manhã cacei às codornizes em Montemoro-o-novo com uns amigos já de longa data, o Pedro Vitorino, acompanhado do seu filho, e que é sempre motivo de grande prazer re-encontrar, seja na caça menor, seja na caça maior, e com quem muito gosto de caçar e conversar. Um exemplo, de conhecimento, de sobriedade, de calma, de ética... e (podendo parecer antagónico a muita gente ) de uma paixão imensa pela Caça.

Cacei com duas cadelas, a Bolota (EB Fêmea) e com a Lili (PP Fêmea) e ambas se mostraram à altura das codornizes, mesmo acusando como é logico o calor e consequente cansaço, seja nos andamentos, seja nos cobros.
O Pedro caçou com o seu breton Epson (EB Macho) e que, não sendo a primeira vez que vi caçar, me deixou impressionado pelo andamento que aguentou praticamente até ao final da jornada.


 
O "Caça 32" da Sulbeja, carregado com chumbo 7,5 em carga de 32 gr., e pólvora PSB3 mostrou-se para além de eficientíssimo, continuando a ser o meu cartucho de eleição. 

No final da manhã, o balanço indicava alguns lances "quanto baste", algumas codornizes cobradas e... sem dúvida uma manhã bem passada (de resto como é hábito!).

Estas manhãs são uma oportunidade para começarmos a sair ao campo com os nossos cães, dando-lhes algum treino "real", encontrar alguns amigos, e desfrutar dos primeiros lances da época.

No entanto, caçar às codornizes na época estival não é o mais "simpático" para os cães, e mesmo para nós... os terrenos e vegetação encontram-se demasiado secos, a pouca humidade no ar e falta de aragem não promove as emanações e o calor, muitas vezes logo a partir das primeiras horas da manhã, fazem destas jornadas um desafio exigente para cães e caçadores.

Não esqueça a roupa leve, um calçado fresco e flexivel, e o cantil da água ou uma pequena garrafa. Simultaneamente é preciso nunca esquecer os aspectos de segurança, ter consciência das condições adversas, ter muita calma, dar tolerância ao desempenho por vezes menos conseguido dos cães, caçar curtos períodos e descansar, ter expectativas baixas (ou não as ter mesmo)... e aproveitar como se costuma dizer para colocar a conversa em dia e fazer uma jornada de maior descontração, e boa disposição. Nada de stresses.
 
(As primeiras codornizes de 2016: uma manhã bem passada em Montemoro-o-novo!)

Sublinhando a questão do calor, e procurando evitar "algum" azar irreversível, é muito importante não esquecer o perigo do calor para os cães, dando-lhes água com frequência, assim como atenção redobrada à sua permanência dentro das caixas de transporte e das viaturas durante as viagens ou deslocações. Atenção também à maior propensão a lesões, e às "sarugas" da erva seca no pêlo, orelhas e olhos, e que por vezes se transformam em situações graves, aspecto de importância maior nos animais de pelo comprido.

Para já, pessoalmente, acho que vou esperar pelo Inverno para voltar a caçar às codornizes... 

Bom início de época,
e boas caçadas para todos os que leiam estas linhas.

Luís Simões

   

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