Cacei com duas cadelas, a Bolota (EB Fêmea) e com a Lili (PP Fêmea) e ambas se mostraram à altura das codornizes, mesmo acusando como é logico o calor e consequente cansaço, seja nos andamentos, seja nos cobros.
O Pedro caçou com o seu breton Epson (EB Macho) e que, não sendo a primeira vez que vi caçar, me deixou impressionado pelo andamento que aguentou praticamente até ao final da jornada.
O "Caça 32" da Sulbeja, carregado com chumbo 7,5 em carga de 32 gr., e pólvora PSB3 mostrou-se para além de eficientíssimo, continuando a ser o meu cartucho de eleição.
No final da manhã, o balanço indicava alguns lances "quanto baste", algumas codornizes cobradas e... sem dúvida uma manhã bem passada (de resto como é hábito!).
Estas manhãs são uma oportunidade para começarmos a sair ao campo com os nossos cães, dando-lhes algum treino "real", encontrar alguns amigos, e desfrutar dos primeiros lances da época.
No entanto, caçar às codornizes na época estival não é o mais "simpático" para os cães, e mesmo para nós... os terrenos e vegetação encontram-se demasiado secos, a pouca humidade no ar e falta de aragem não promove as emanações e o calor, muitas vezes logo a partir das primeiras horas da manhã, fazem destas jornadas um desafio exigente para cães e caçadores.
Não esqueça a roupa leve, um calçado fresco e flexivel, e o cantil da água ou uma pequena garrafa. Simultaneamente é preciso nunca esquecer os aspectos de segurança, ter consciência das condições adversas, ter muita calma, dar tolerância ao desempenho por vezes menos conseguido dos cães, caçar curtos períodos e descansar, ter expectativas baixas (ou não as ter mesmo)... e aproveitar como se costuma dizer para colocar a conversa em dia e fazer uma jornada de maior descontração, e boa disposição. Nada de stresses.
(As primeiras codornizes de 2016: uma manhã bem passada em Montemoro-o-novo!)
Sublinhando a questão do calor, e procurando evitar "algum" azar irreversível, é muito importante não esquecer o perigo do calor para os cães, dando-lhes água com frequência, assim como atenção redobrada à sua permanência dentro das caixas de transporte e das viaturas durante as viagens ou deslocações. Atenção também à maior propensão a lesões, e às "sarugas" da erva seca no pêlo, orelhas e olhos, e que por vezes se transformam em situações graves, aspecto de importância maior nos animais de pelo comprido.
Para já, pessoalmente, acho que vou esperar pelo Inverno para voltar a caçar às codornizes...
Bom início de época,
e boas caçadas para todos os que leiam estas linhas.
Luís Simões
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