domingo, 12 de fevereiro de 2017

Tordos - Manhã de sonho!

A tendência das últimas semanas não antecipava boas perspectivas para a próxima caçada, sendo que os tordos não têm permanecido em Pedrogão, de forma regular, pelo menos de forma abundante. Como é lógico, isso por vezes muda de um dia para o outro, e as previsões de chuva intensa para o fim de semana podiam muito bem fazê-lo, ainda que mau para caçar, poderia ser bom a trazer os tordos para o abrigo da Serra. 

Ao mesmo tempo, este fim de semana havia convidado dois amigos que nunca tinham vindo caçar a Pedrógão, o Luís Carvalho e o seu Pai (o Sr. Zé). A ideia de uma manhã muito chuvosa e ainda por cima sem tordos estava a deixar-me preocupado.

À conta disso, no sábado, percorri boa parte da zona de caça e não tendo encontrado "fartura", havia identificado um vale com "alguns" tordos, junto a Adofreire. Do melhor que havia visto nos últimos tempos e esse seria o nosso local de caça na manhã seguinte.

Apesar do dia ter "acordado" chuvoso, conforme as previsões, lá nos fizémos ao terreno (de galochas e impermeáveis...) e os tordos começaram a cumprir desde o crepúsculo. Obrigando mesmo a momentos de abrigo em que os tordos também deixavam de passar, o cinzento escuro lá ia aliveando em cima de nós, até que o vento forte lá levantou as nuvens baixas e deu lugar a uma manhã magnífica de tordos. Muitos altos e bem embalados, tocados a vento, mas uma grande manhã de tordos... uma maravilha para quem gosta de atirar aos tordos.

(Foto de grupo antes de abandonar o local onde caçamos) 

Mesmo não estando rotinados na Caça ao Tordo, os "visitantes" gostaram, e ainda se divertiram bem, compondo o porta-caça e "desbastando" os cartuchos.
 
Uma boa manhã de Tordos junto à Serra d`Aire, numa paisagem de características únicas e onde é ainda possível "Caçar", é sempre uma "experiência" para qualquer caçador. A mim dá-me um prazer enorme que tenham de facto aproveitado e apreciado. 
 
Depois de uma manhã como esta, também não poderia deixar passar, sem deixar alguns comentários ao meu grande amigo José Pereira. Não nos conhecemos de "hoje", mas esta manhã tive o prazer de voltar a apreciar por largos momentos, e em muitos lances porque é um "tordeiro" como muito poucos. Tordos lá nas alturas, tocados a vento forte, e ele ali a "descê-los", uns, atrás d`outros. Ás vezes quase não dando tempo, dos primeiros chegarem a terra, e já forçava outro a "descer".
 
Se a Serra d`Aire tem conhecido alguns grandes "Tordeiros", ali à meia encosta daquele vale, e naquelas condições de vento e chuva, mostrou mais uma vez, porque é um desses grandes "Tordeiros", pela grande paixão pelos tordos, mas sobretudo porque atirar assim está ao alcance de muito poucos.
  
- Amigo, houve ali bocados do "outro mundo", não vou esquecer tão cedo muitos dos lances que vi hoje. Mais uma data para arquivo!
 
Pedrógão d`Aire continua a ser a "Terra dos Tordos", mas fica cada vez mais evidente que é preciso preparar (e bem) cada jornada.
 
Para o almoço estávamos convidados por outro grupo de amigos e esse convívio acrescentou também à jornada.
 
(Ao almoço na barraca do Valmieiro, a caminho de Pafarrão, com André, Luís, Salgueiro, Armando, Frederico, Arménio)
 
Antes do regresso a casa, e para mais tarde recordar de uma manhã de tordos em Pedrógão d`Aire, pedi ainda ao Luís e ao Sr. Zé para tirarem mais uma foto.
 
 
Caçar em Pedrógão continua a ser uma paixão!
 
Grande abraço, amigos. Foi um prazer tê-los cá.





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